segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O poema que me motivou a ser um Transeunte Indelével


O Caminho Não Percorrido

Num bosque amarelado,
o caminho se partia em dois,
E lamentando igualmente não poder seguir por ambos
E ainda ser um único viajante, parei por muito tempo
Mirando ao longo de um deles o mais longe possível,
Até onde esse se recurvava por trás dos arbustos;

Então eu escolhi o outro,
por ser mais bonito,
E ser talvez o que
mais me chamasse a atenção,
Sendo recoberto de relva,
pedia que fosse trilhado;
Apesar do fato de que eles
terem sido percorridos
Os tenha desgastado
praticamente da mesma forma,

E ambos naquela manhã
igualmente se estendiam
Em folhas onde nenhum passo
tivesse deixado marca.
Ah, mesmo assim eu deixei o outro para outro dia!

Mesmo sabendo de que forma
se percorre um caminho,
Fiquei em dúvida se algum dia
deveria voltar a ele.

Deverei estar contando essa história,
suspiroso,
Nalgum lugar, nalgum dia,
tempos e tempos depois:
O caminho se dividia em dois num bosque,
e eu...
Eu peguei aquele que
havia sido menos percorrido,
E foi justamente isso
que fez toda a diferença.

Robert Frost (1874 –1963)

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