terça-feira, 30 de novembro de 2010

A vida é como a 9 de Beethoven

A vida é como a 9 de Beethoven
por Alexandre Nicoletti Hedlund

A vida é como a 9 de Beethoven: encantadora, mas nem todos conseguem apreciá-la.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Diálogos de dois transeuntes

Diálogos de dois transeuntes


- Oh transeunte, o que houve que não vi mais atualizações no teu blog?
- Opa, meu caro! tempos de reflexão... apenas isso...
- E o tal Joaquim? o que acontece com ele nesse próximo capítulo?
- hehehe... aguarde, ele está no forno, mas os tempos se direcionaram para outros projetos e missões...
- Missões? haha... vi seu devaneio do Eli, está inspirado é?
- com certeza que sim. Sabe que depois que escrevi aquele devaneio apareceram várias missões?
- Sério? que bacana, mas vai continuar a escrever?
- Claro que sim, pois é preciso, faz parte das missões... mas tenha calma, há tempo para todas as coisas debaixo do sol...
- Eclesiastes? sabendo...
- Exatamente, esse era o cara... 
- Vou nessa, tenho minhas coisas pra fazer também... boas missões e boa escrita!
- Agradeço! continue lendo o blog! Ele se alimenta de leitores...
- Hahahah.... está bem... 
- Fique com Deus e na paz dele, transeunte!
- Obrigado, você também, Transeunte indelével! Aliás, o que é preciso para ser, além de transeunte, um indelével?
- Simples! Apenas seja você mesmo, fazendo o certo e agindo de acordo com os preceitos de boa fé, de crença em Deus e nos outros. Nunca faça o mal, e ajude aquele que por ventura, tenha lhe feito mal.
- Você acha simples? hahaha...
- Passei a achar, e, principalmente, a acreditar mais no humano do humano, para lembrar de um amigo que escreveu sobre isso...
- Humano do humano... parece interessante...
- Sim, e é mesmo.... fique bem... até breve...
- até breve...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

2000 acessos!!!!

Melhor do que 2000 gols são 2000 acessos...

passado um mês e alguns dias, hoje comemoro os 2000 acessos, esperando que os próximos mil sejam tão rápidos que não se possa sequer ter tempo de contar.

Agradeço a todos que acompanham e divulgam o blog.

Fiquem com Deus.

Valeu!

Transeunte Indelével

domingo, 14 de novembro de 2010

Transeunte indelével ou Eli e o livro

Transeunte Indelével ou Eli e o livro
Por Alexandre Nicoletti Hedlund

Não pretendo fazer aqui, confissões religiosas, muito menos pregações ou especulações.

Apenas me permito, nesse pequeno devaneio, compartilhar um pensamento que me surgiu em uma das minhas viagens para a casa de minha mãe. Por acaso, e nada mais que o acaso, havia assistido o filme "O Livro de Eli" com Denzel Washington. 
Enquanto caminhava pelas ruas de minha antiga cidade, passou-me pela cabeça um devaneio, e, de imediato, "saquei" uma foto. Agora confrontando com o Eli, noto um conjunto de semelhanças... até mesmo uma luz misteriosa... presença do livro...

Ainda que eu não trouxesse o livro de Eli (bíblia), ainda sim uma luz me acompanhava. Não se trata de um livro específico, mas dos pensamentos que me guiavam naquele momento.
 Assim, ofereço agora esse devaneio....

Será que não somos todos um pouco transeuntes ou Elis que, muitas vezes, não sabemos, exatamente, por onde andamos, ou que forças nos guiam, e cremos, mesmo sem "ver", em seguir um caminho?

O ato de viajar é revelador de uma vontade de novas perspectivas, de perceber a vida com outras lentes, com outras matizes, lançando novos olhares sobre os mesmos lugares.

Assim, acho que somos todos transeuntes nesse mundo, desde que queiramos mais...
que lutemos por alguns ideais, que façamos o bem ao próximo....
No filme, Eli se questiona, dizendo que querendo proteger o livro, esqueceu dos ensinamentos dele...
pois bem... quem sabe seja verdadeiro para todos nós...

Todos temos missões a serem cumpridas nesse lugar que chamamos de lar!
Mas é preciso aceitar a missão.
Qual será a sua?

Fiquem em paz...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Que dia para um suicídio!

Que dia para um suicídio!
Por Alexandre Nicoletti Hedlund

Conforme o tempo passava, ao longo da noite
Chegou à constatação mais verdadeira
Que um poeta pode sentir
Pois, tendo secado seu pranto, sua dor
Resolveu-se, por certo, morrer

Mas como só se morre uma vez
É necessário se fazer tudo perfeitamente
Detalhe a detalhe cuidar
Sob pena de, assim não agindo,
Morrer de vergonha depois

Decidiu-se ao triste fim chegar
olhando carinhosamente seus erros
suas falhas, brigas e poucos acertos
e assim relutou em dormir
para contemplar o esplendor do céu

e adormeceu rendido pelo sono
que também quis lhe visitar
nessa última noite para se sonhar
mesmo que não dormisse muito, confessa
pois queria, o último dia, aproveitar

E que belo dia para ser o último!
Pensou consigo,
Um dia de amanhecer cinza
Mas que se enche de azul logo tão cedo
E merece ser vivido

E fez questão de caminhar pela manhã
Apenas para esticar um pouco as pernas

Depois, ligou para alguns bons amigos
Sem nada lhes dizer sobre o futuro
Mas falando carinhosamente a cada um
 de lembranças em comum
do respeito à amizade

Depois ligou para sua mãe, para seu pai
Ao seu irmão deixou para mais tarde
Mas faria questão de falar com todos
Pelo menos um pouquinho
para guardar consigo a voz de cada um

na hora do almoço, preferiu ir à igreja
aproveitar um pouco daquela serenidade
que incrivelmente
só se encontra lá,
não importa o credo.

Porém, temeu, que ao chegar ao céu
Já tivesse perdido a hora da refeição
E, por isso, preferiu ir a um bom restaurante
Onde teve certa dificuldade em escolher o que por no prato
Afinal, morreria sem nunca ter comido “arroz chinês”?

E, após a refeição feita em silêncio
Na qual pode contemplar transeuntes
Rostos e rostos que por ele passaram
Viu uma menina beijar o rosto do pai
E sentiu que ali havia amor

Saindo dali, resolveu-se a ir para casa
E autorizado por si mesmo
Optou em dormir um pouquinho
Coisa mais boa, poder dormir depois do almoço!
Que dia!

Leu um pouco, refletiu sobre a vida
Trabalhou em algumas coisas suas
Desistiu de outras que não queria mais carregar
Tomou uma dose de seu whiskey preferido
E se sentiu bem, por aproveitar tão bem seu dia

E quando entardeceu, tomou um banho
Saiu caminhar e pode ver o sol se pôr
Depois foi conversar com algumas pessoas
Onde encontrou em gestos simples
A compaixão de querer bem, por simples querer

Por último, dirigiu-se ao seu templo secular
Onde queria se despedir da vida boêmia
E lá, cercado de uma festa inusitada
Em que só se poderia celebrar a vida
E dar risada da morte

Ele finalmente percebeu
A maravilhosa dádiva que foi
Escolher o próprio dia para morrer
E que realmente havia aproveitado tanto
Tantas coisas que lhe faziam bem

Que dia para um suicídio!
pensou embriagado de alegria
e diante de tantas coisas boas
feitas a partir das escolhas do dia
é que decidiu, simplesmente

fechou os olhos, e com os braços abertos
diante da janela entreaberta
sentiu o vento lhe abraçar
e pode agradece em silêncio
Obrigado Deus!

E foi então que percebeu o presente divino
que se constitui em uma coisa tão singela
O poder de escolher os caminhos
Que fizeram de seu dia amargurado
Um belíssimo dia de recomeço

Cheio de vida!  - pensou consigo
E isso, fez toda diferença...
pois aproveitou cada instante
de cada dia, com cada pessoa
e apenas com coisas que lhe encheram de vida plena


e a morte? e o suicídio?
acalme-se, meu caro...
suicídio é a dúvida, trate de saná-la
morte? morre apenas quem não vive
jamais um transeunte indelével.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Das curiosas coisas da vida

Das curiosas coisas da vida
Por Alexandre Nicoletti Hedlund


Das curiosas coisas da vida
que eu já pude observar
uma das mais curiosas
é a capacidade humana
do improvável

Das curiosas coisas da vida
que eu só pude lamentar
uma das mais reprováveis
é a capacidade humana
do previsível

Esse ser humano
me prova a cada dia 
sua desnecessidade 
de tantas coisas necessárias

Esse ser humano
me testa a cada dia
demonstrando interesses
que não vão além da superfície

Das curiosas coisas da vida
está a caça superficial
deixando os grandes tesouros da alma
para um outro dia, para um porvir

Esse ser humano
me espanta a cada dia 
na sua arte do previsível
e mesmo assim
eu ainda acredito no humano

Curioso que não busque 
muito além do alcance da mão
cansando-se com pouco
perde a beleza do muito
mas 
perder e achar que está ganhando
é, talvez, o mais curioso
das curiosas coisas da vida

sábado, 6 de novembro de 2010

Réquiem para Joaquim - Capítulo VI

Segue abaixo o sexto capítulo desse pequeno conto.


Réquiem para Joaquim
Por Alexandre Nicoletti Hedlund

VI – Saiba que eu o amei tanto quanto o tamanho dos mares


A chuva inundava meu mundo há uma semana. As ruas formaram pequenos lagos, depois lagoas, e, por fim, rios. Meus cigarros tinham terminado, mas eu não sentia vontade ou necessidade de abastecer minha pequena caixa de prata com tabaco e nicotina. A estação do cigarro talvez tivesse encerrado. Eu apenas precisava sair desse lugar. Olhei Colombo que estava deitado imóvel perto do sofá e lembrei-me de um pequeno bote que Clarice havia me presenteado, quando completei 38 anos. Imaginei Colombo como navegador de minha “Santa Maria” e passei a narrar-lhe a nossa promissora epopeia para fora dali, porém ele pouco caso fez de mim.

O tempo parecia escoar mais vagarosamente que a água pelos dutos da cidade. Ouvi o telefone tocar durante muito tempo, antes que eu conseguisse reunir forças para tirá-lo do gancho. Era Guilhermo Seamann. Meu velho amigo estava de volta à cidade para alguns negócios. O Velho Seamann era um de meus últimos amigos que haviam passado pelo crivo do tempo. Quando jovem atravessou as Américas em busca de respostas, mas, encontrou apenas doenças venéreas, problemas com a polícia e com o narcotráfico e uma mulher que mudou o rumo das coisas.

            Filho de um diplomata inglês e de uma socialite argentina, Guilhermo veio parar nessa terra esquecida por Deus no acaso mais incrível da história universal. Formado engenheiro pela Universidade Autônoma, a cabeça cheia de sonhos e algumas economias guardadas, resolveu cruzar a América latina construindo casas para os desafortunados.

Era uma manhã calma de outono, quando ele apareceu em frente a minha casa e me propôs em seguir sua inóspita viagem. Durante os oito meses seguintes, fomos companheiros em uma tortuosa e cheia de percalços jornada, que parecia não ter fim. Pelos cálculos de Guilhermo já havíamos ajudado a construir mais de duzentas casas. Eu nunca duvidei dele.

Mas as coisas estavam para mudar. Estávamos entrando em março, quando nossa condução parou em Maracaíbo. Dividíamos uma casinha de palafita em Santa Rosa, no norte da cidade. Éramos tratados como reis pelos locais e projetávamos grandes melhorias naquelas instalações sobre a água. Fazia um calor infernal naquela cidade que mudaria o rumo das coisas. Como se fosse a cena de um filme clássico em preto e branco, Guilhermo se viu encantado pela beleza de uma menina de longos cabelos negros e vestido branco que saía de uma mercearia. Caminhou em sua direção e um mês depois estava casado com ela: Senhora Mercedes Bolívar Seamann.

Desse momento em diante, Guilhermo não fazia nada além de amar aquela mulher, e cada um estava resoluto com suas propostas, ele em amar Mercedes, enquanto eu pensava em voltar ao Brasil. Foi por esses dias que o Coronel Lucio Bolívar Strada, um dos mais poderosos traficantes de Maracaíbo, homem temido por meio mundo, descobriu que sua “pequena flor do campo” havia casado com um estrangeiro. Guilhermo se viu em maus lençóis, mas assumiu compromissos com o Senhor Lúcio que eu, seu amigo e irmão, jamais conseguiria evitar que firmasse.

O próximo passo foi Guilhermo ter uma arma, seguranças e uma tatuagem que em castelhano dizia: “no me molestes”. Eu não o reconhecia e, assim, logo me afastei, indo morar com Alícia, uma cantora de um cabaret famoso da região: El Remedio.

Alícia era uma mulher madura e tinha 36 anos quando eu a conheci, mas apesar disso, existia tanta beleza e juventude em seu olhar que faziam dela nada mais do que uma menina. Antes de ser uma cantora charmosa, fora uma viúva triste que perdera seu amado em um acidente de carro. Ela trazia consigo uma cicatriz nas costas que jamais a deixaria esquecer o amor rompido pela fatalidade. Apesar de estar meio confusa, por um tempo, ela manteve sua essência e passou a cantar.

Eu a conheci numa dessas noites quentes que só se tem Maracaibo e ela me seduziu como se fosse uma sereia de Homero. Na época, eu tinha apenas vinte anos, e me deixei levar para seu quarto e para sua vida. Noite após noite, ela, gentilmente, tirava minha roupa, dobrava-a cuidadosamente e então me banhava. Depois me conduzia ao seu quarto e então, pela fresta da porta, eu a via se banhar. Depois, protegidos pela penumbra da noite, nós nos amávamos incansavelmente. Deitado em sua cama, eu notava um olhar de entrega, de um arrebatador apaixonamento, que não voltaria a existir tão cedo em minha vida.

E assim passaram-se os dias, as semanas e os meses. Durante o dia, eu trabalhava na construção de casas de um pueblo próximo, enquanto Alícia bordava incansáveis panos finos trazidos do estrangeiro. À noite, eu a acompanhava até “El remedio” para me entorpecer com sua voz e o vinho de Dom Castillo. Vivíamos felizes em nossa simplicidade. De tempos em tempos eu ouvia falar de Guilhermo, cada vez mais integrado ao faroeste violento de Maracaíbo.

Um dia li no jornal que ele estava preso e o senhor Bolívar Strada havia sido morto pela polícia em um terrível confronto com os narcotraficantes. Fui visitá-lo na cadeia. Guilhermo, após o susto inicial ao ver-me, chorou incansavelmente. Pedi que se acalmasse e então verifiquei junto às autoridades locais, como poderia tirá-lo de lá. Os próximos cinco meses foram de trabalhos dobrados, até conseguir o dinheiro necessário para sua fiança.

No dia em que as portas da cadeia municipal de Maracaíbo se abriram e Guilhermo sentiu novamente a brisa quente daquela cidade, ele me olhou com imensa gratidão e disse:
- Joaquim, meu irmãozinho! Eu jamais esquecerei o que você fez, e prometo que vamos embora daqui hoje mesmo. Mas antes, preciso achar Mercedes.
Apenas sorri e o abracei. Nada mais precisava ser dito.

Alícia estava reclamando há alguns dias de uma dor intensa em sua barriga, e havia vomitado sangue em todas as ocasiões. Diante dessa repentina sensibilidade, fiz questão de  aguardar o melhor momento para lhe contar as novidades sem deixar-lhe mais nervosa.
Naquela noite – última noite em Maracaíbo – Guilhermo e Mercedes dançaram tão formosamente, enquanto Alícia cantava e, eu sorvia uma garrafa de vinho. Quando a música acabou, todos aplaudiram de pé e Alícia veio sentar-se ao meu lado. Em seu ouvido confidenciei:
- é chegado o momento, minha flor.
- como assim? – ela perguntou espantada.
- é chegado o momento de irmos para o Brasil, para iniciarmos lá uma nova vida. Minha jornada em Maracaíbo terminou.
Com seus olhos ternos ela me fitou por um instante, passando a mão em meu rosto.
- Joaquim, meu doce Joaquim! Por que você levaria essa velha contigo?
- Porque eu a amo, Alícia! Simplesmente por isso!

Alícia tentou evitar, mas algumas lágrimas borraram seu rosto pintado e naquela noite entramos no primeiro ônibus em direção a Caracas. A estrada e o clima estavam muito pesados, de forma que Alícia começou a passar mal, tendo vomitado por diversas vezes. Ao chegar a Caracas, eu a levei até o hospital mais próximo e, apesar de sua fraqueza, ela ainda resistiu por mais dois dias. Nesse meio tempo, antes do médico anunciar, ela olhou em meus olhos com sua ternura natural e disse:
- Joaquim, cuide bem de Henrique e diga que sempre o amarei.
- do que está falando, meu amor? – exclamei assustado, pensando que ela estava delirando.
Ela pôs suas mãos sobre o ventre:
- estou esperando um filho teu Joaquim, e, apesar de eu não sobreviver, gostaria que ele se chamasse Henrique.

Emocionado, beijei suas mãos, seu ventre, seu rosto.
- pare de bobagem mulher, nós teremos esse filho juntos.
- eu gostaria tanto meu Joaquim, mas não terei forças. Saiba que eu o amei tanto quanto o tamanho dos mares.

Seus olhos se fecharam, suas mãos ficaram leves e o último sono se aproximou sorrateiramente. Junto com ela, adormecia também Henrique. Guilhermo me abraçou em silêncio e fomos cúmplices dessa dor que nunca me abandonou. Desolado, apenas tive forças para enterrá-los em Caracas e então rumei ao Brasil com Guilhermo e Mercedes.

Arrebatado por essas memórias, não vi que a chuva havia passado e que um velho batia palmas em frente a minha casa. Usando engraçados suspensórios, Guilhermo gritava por mim e conversava com Colombo, que, impaciente, pulava de lado ao outro, anunciando nosso ilustre visitante. Nem tentei esconder as lágrimas do passado e do presente, abrindo a porta para aquele velho, que assim como eu, havia se achado e se perdido em Maracaíbo.

Guilhermo, sentindo que o momento exigia, abraçou-me fraternalmente. Por um instante, pensei ter ouvido a voz de Alícia, uma última vez, a me dizer:
- Saiba que eu o amei tanto quanto o tamanho dos mares.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A amizade do Rock


Tema de casa do meu amado filho, feito de improviso pela webcam em uma conversa sobre a amizade. A distância não nos impede que possamos criar, conversar e manter o espírito unido. Amo você meu filho, hoje e sempre.

A amizade do Rock
Por Alexandre Nicoletti Hedlund e Bernardo Bueno Hedlund

Pensei no que é ser amigo
e se existe uma explicação
para caber tanta amizade
dentro do meu coração

quando cheguei por aqui
escrevi meu nome num papel
eu estava voltando para Ijuí
e conheci o Rafael

construi minhas amizades
sem muita propaganda
e ai apareceu o Gustavo
querendo montar uma banda

o Gus quer a bateria
o Rafael diz que vai cantar
eu vou ser solo de guitarra
e outros amigos também vão tocar

queremos gravar nossas músicas
não vai sobrar cd no estoque
essa banda vai ser um sucesso
pois a gente só vai tocar rock